3.1 Central de Tratamento de Resíduos Marca Ambiental

ENDEREÇO:
Rua Alfredo Alcure, 201 – Campo Grande, Cariacica – ES, 29146-220
CAPACIDADE:
40 pessoas por visita.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:
A visitação ocorre de de 9h às 11h ou de 14h às 16h. As visitas podem ser marcadas previamente, por meio de uma agenda oferecida pela Marca Ambiental, a partir do dias 15 de cada mês.
MAIS INFORMAÇÕES:
(27) 2123-7750
Email para: visitas@marcaambiental.com.br
Site: http://www.marcaambiental.com.br

Foto: Marca Ambiental

A MARCA AMBIENTAL é uma empresa especializada em gerenciamento integrado de resíduos, localizada no Município de Cariacica/Estado do Espírito Santo. Sua central de tratamento possui área de mais de 2 milhões de m2 e está preparada e licenciada para receber resíduos Classes I e II, A e B de Municípios, indústrias, portos, aeroportos e de estabelecimentos de serviços de saúde, dentre outros.

A Central de Tratamento de Resíduos MARCA (CTR Marca) iniciou suas atividades em 18 de agosto de 1995, com a operação do primeiro aterro sanitário privado do Estado, e foi certificada em 2006, pela ISO 9001, para os serviços de Tratamento e Destinação Final de Resíduos.

O programa “Visitantes São Bem-Vindos” constitui-se em visitas orientadas por mediadores, sendo uma das ações da área de Educação Ambiental desenvolvida pela empresa. Com as visitações, criou-se a oportunidade de demonstrar ao público, a sistemática do tratamento de resíduos em todas a suas fases, contribuindo, assim, para uma entendimento da forma como são gerenciados na central de tratamento.

Antes de iniciar a visitação, os alunos são recebidos pelo mediador da visita, no auditório localizado no Centro de Educação Ambiental, onde é realizada uma palestra sobre o sistema de tratamento dos resíduos e as potencialidades do espaço.



A empresa gerencia resíduos seguindo a classificação definida pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), na norma NBR10004:2004 da seguinte forma:

GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS PERIGOSOS REFERENTES À CLASSE I

Como são resíduos que podem apresentar características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou patogenicidade, são tratados isoladamente, conforme sua origem e tecnologia requerida, nas áreas de: Estocagem Temporária, Galpão de Beneficiamento de Resíduos (GASBARI), Tratamento de Lâmpadas Fluorescentes, Separador Agua e Óleo e Disposição Final em Células.




GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS – NÃO INERTES: CLASSE II A

Esses resíduos geralmente apresentam algumas características, como: biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água. São destinados às unidades de disposição final constituídas por células impermeabilizadas, contendo: camadas de argila compactada, impermeabilização com mantas de polietileno de alta densidade (PEAD), rede de drenagem e tratamento de líquidos percolados (chorume), sistema de tratamento do biogás e, ao final, processo de recomposição de taludes e revegetação.



GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS – INERTES: CLASSE IIB

Essa classe abrange resíduos que, quando submetidos ao contato com água, à temperatura ambiente, não têm nenhum de seus constituintes solubilizados. Como exemplos, resíduos de construção e demolição. Esse tipo é enviado às unidades de destinação final, constituídas de células específicas para o recebimento.


GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE – RSS

O tratamento dos Resíduos de Serviços de Saúde exige cuidados específicos de manuseio, acondicionamento, transporte, tratamento e disposição final. Devido ao seu potencial infectante, a CTR MARCA faz uso de técnicas e processos térmicos, com utilização de autoclave e incinerador.



GERENCIAMENTO DE EFLUENTE
A CTR Marca possui um sistema para receber, armazenar e tratar efluentes e resíduos semissólidos de terceiros, utilizando tecnologias que garantem a operacionalidade para o exercício dessas atividades. São elas: estação de tratamento de efluentes (Figura a seguir) e Geotube®.



Além das etapas do gerenciamento dos resíduos, são apresentadas, durante a visita, as ações desencadeadas na empresa em relação à reciclagem, como a do papel e sua utilização para a produção de artesanatos, e do plástico pós-consumo, para fabricação de sacolas 100% recicladas. Também é possível reconhecer o processo de reaproveitamento das cascas de coco para produção de substratos agrícolas, e de logística, reversa do óleo residual vegetal (usado).

A MARCA Ambiental também mantém programas de Educação Ambiental, conduzidos de acordo com uma filosofia que prioriza o despertar da consciência crítica e a mudança do comportamento ambiental. Por isso, a empresa realiza atividades que valorizam o respeito ao meio ambiente e à biodiversidade, além de promover conceitos como cidadania e sustentabilidade.

As ações beneficiam inúmeras pessoas e têm, ao longo dos anos, despertado a sensibilização ambiental entre os envolvidos, principalmente em relação às questões que envolvam resíduos e seus impactos no meio ambiente. Com palestras, redes de informações ambientais, coleta seletiva, visitas monitoradas, participação em feiras, dentre outras atividades, a MARCA Ambiental vem desenvolvendo ações embasadas em três pilares: INFORMAR, SENSIBILIZAR E INCENTIVAR.

Os principais projetos que compõem o Programa de Educação Ambiental da MARCA são:

Campanhas Educativas: Promovem o conhecimento teórico e o enfoque prático para sensibilização coletiva e construção do bem-estar comum. Nas campanhas, há divulgação de temas, como: resíduos sólidos, coleta seletiva, preservação do meio ambiente e sustentabilidade.

Marca Recicla: Incentiva a prática da coleta seletiva entre os colaboradores, promovendo a reciclagem dos materiais gerados diariamente nos escritórios e áreas de trabalho, sob o ideário da política dos 4 Rs: repensar, reutilizar, reaproveitar e reciclar.

Participações em Eventos: A empresa acredita que, participando de feiras, congressos, simpósios, e seminários, dentre outros, tem a oportunidade de promover o conhecimento coletivo sobre a temática dos resíduos sólidos e seus possíveis impactos ao meio ambiente, tornando assim a sociedade mais atenta a essas questões.

Palestras Educativas: Por meio de palestras educativas, promove o conhecimento ambiental para a sociedade com uma abordagem que valoriza informações relacionadas ao conhecimento técnico da empresa, enfatizando, nas explanações, a importância da gestão de resíduos.

Ecofone: Auxilia no desenvolvimento de trabalhos acadêmicos que tenham a temática voltada para a gestão de resíduos. Subsidia a realização de trabalhos científicos por meio de atendimento específico.



Infraestrutura do local: recepção, banheiros, auditório equipado com multimídias, sala de oficinas, estacionamento.



Para usufruir das visitas orientadas por mediadores, cada instituição poderá fazer apenas dois agendamentos por mês. Caso aconteça de serem agendadas mais de duas visitas para uma mesma instituição, serão consideradas apenas as duas primeiras datas, sendo as demais automaticamente desmarcadas. Para marcar sua visita, é preciso verificar a agenda, à disposição no site da empresa, lembrando que as visitas são agendadas somente pelo site e validadas por meio de envio de e-mail da equipe Marca Ambiental. A visita será cancelada por motivos de chuva, avisado previamente, uma vez que a área é a céu aberto.

O professor responsável pelo acompanhamento do grupo é também responsável pela disciplina deste no deslocamento (ida e vinda) e pelo cumprimento adequado das normas acima estabelecidas nas instalações da Central de Tratamento de Resíduos – CTR Marca Ambiental.

Quanto aos visitantes universitários ou empresários, devem passar seu perfil e a área do seu interesse, para que o atendimento seja montado de modo a atender às expectativas de cada grupo específico.

Como sugestão, apresenta-se uma SD que tem como temática: “Lixo: problema nosso de cada dia”.



No início da SD, na problematização, sugere-se que o professor apresente imagens de resíduos lançados de forma incorreta em diferentes ambientes. Diante das imagens, levantar os seguintes questionamentos: Como contornar esse problema? Para onde é levado esse resíduo? Que tipo de resíduo pode ser aproveitado? Pode gerar renda? Após a discussão, levar todos os alunos ao Laboratório de Informática para pesquisar quais Municípios fazem tratamentos adequados de seus resíduos, de que forma é feito esse tratamento e quais as vantagens e desvantagens de cada uma delas.

Na segunda aula, na organização do conhecimento, propomos que o professor de Química explique a pesquisa investigativa para determinação da composição do lixo doméstico. Deverá entregar a cada aluno três sacos de 20 litros e os alunos deverão selecionar e pesar na balança (pode ser utilizada a balança de uma farmácia) e anotar quanto de lixo cada família produziu, durante três dias da semana, para determinação da composição do lixo doméstico.

Na terceira aula, o professor de Química pode utilizar o óleo de frituras coletados pelos alunos e fazer, em uma área apropriada, o experimento da produção do sabão caseiro (através das orientações presentes no seguinte endereço eletrônico: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=37872).

Da quarta à sétima aulas, os professores farão a visita técnica à empresa Marca Ambiental com os alunos, conforme agendamento prévio. Toda a visita será registrada no guia/diário de bordo dos alunos (Anexo B).

Na oitava aula, será realizada uma discussão com a turma sobre os resultados do roteiro de investigação (ANEXO A) do levantamento sobre os descartes dos resíduos produzidos nas residências e comparação do perfil de consumo de cada família, com uma reflexão do que pode ser feito para diminuir a produção de lixo doméstico.

Na nona aula, a professora de Língua Portuguesa orientará como os alunos farão a produção de um vídeo com duração entre três a cinco minutos sobre o consumo consciente e reaproveitamento de resíduos.

A turma será dividida em cinco diferentes temas de pesquisa, como segue:

Tema 1-Reaproveitamento de casca de coco;

Tema 2-Reaproveitamento de óleo;

Tema 3-Reaproveitamento das pilhas e baterias;

Tema 4-Reaproveitamento de lata de alumínio;

Tema 5-Reaproveitamento de sacos plásticos.

Por fim, na décima aula, serão apresentados os vídeos produzidos pelos alunos com o intuito de sensibilizar a comunidade escolar sobre produção, descarte e reaproveitamento de resíduos.


As etapas, o número de aulas e as atividades a serem desenvolvidas estão no quadro a seguir:


ROTEIRO DE INVESTIGAÇÃO INDIVIDUAL
LIXO NOSSO DE CADA DIA
NOME do aluno
:
TÍTULO: DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DO LIXO DOMÉSTICO

O objetivo dessa pesquisa é selecionar e quantificar quanto de lixo cada família produz, durante um determinado tempo.

1) Pegue com sua professora três sacos de lixo de 20 Litros.

2) Coloque-o na lixeira da sua casa e oriente sua família a jogar em cada saco o respectivo material: papel, vidro e plástico, durante três dias (sexta, sábado e domingo). Após esses dias, leve-os até uma farmácia que tenha uma balança e meça a massa de cada saco cheio de lixo.

3) Calcule a massa (mtotal) e o volume total (Vtotal) do lixo coletado. Preencha o Quadro 1 com os valores.


4) Calcule a porcentagem, em massa e em volume, de cada tipo de material em relação à massa e ao volume total de lixo coletado nos três dias e preencha o Quadro 2.

5) Qual dos tipos de lixo coletado apresenta menor densidade? Justifique considerando a constituição dos materiais.

6) Calcule a massa diária de lixo produzido por morador (mdiaria/morador) de sua residência, dividindo a massa total coletada (mtotal) pelo número de residentes (Nresidentes) de sua casa e pelo número de dias (Ndias) em que a coleta foi realizada. Observação: m_(diária/morador)=m_total/N_ (residentes x N_dias ) .

7) Calcule o volume diário de lixo produzido por morador (Vdiaria/morador) de sua residência, dividindo a volume total coletada (Vtotal) pelo número de residentes (Nresidentes) de sua casa e pelo número de dias (Ndias) em que a coleta foi realizada. Observação: V_(diária/morador)=V_total/N_(residentes x N_dias )

8) Trace um perfil de consumo para sua família. Indique o produto mais consumido em sua casa.

9) Quais as razões para o uso desse produto?

10) O que você acha que poderia ser feito para diminuir a produção de lixo associada ao consumo desse tipo de produto?




3.2 Estação de Tratamento de Esgoto de Mulembá

ENDEREÇO:
Rua Miguel Arcanjo Moreira, s/n, Joana D’arc, Vitória
CAPACIDADE:
Grupos de, no máximo, 30 alunos.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:
Normalmente, de terça a quinta, e, eventualmente, aos sábados. A visita da manhã acontece às 9:30h e a da tarde, às 14:30h. Cada visita tem duração de 1h30min a 2h.
MAIS INFORMAÇÕES:
(27) 2127-5111/2127-5104
educa.ambiental@cesan.com.br

Foto: Acervo do Autores

A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Mulembá, localizada no bairro Joana d’Arc, na Cidade de Vitória, possui 8.185 m2 de área e pertence à Companhia Espírito Santense de Abastecimento (Cesan). É considerada a maior estação de Tratamento de Esgoto de Vitória e a única do Município que recebe alunos para visitas guiadas.

A ETE de Mulembá foi aberta à visitação em outubro de 2011, após a ampliação de sua segunda etapa, denominada Mulembá II. Com a ampliação da ETE, a capacidade de receber esgoto doméstico saltou de 210 litros/segundo para 570l/s, com um tratamento capaz de devolver água limpa para a natureza. Antes da ampliação da ETE Mulembá, a Baía de Vitória recebia 18 milhões de litros de esgoto tratado por dia, agora, recebe até 49 milhões de litros por dia.

Após essa ampliação, 60% do esgoto da Capital serão tratados nesse local, beneficiando 144 mil habitantes. A ETE Mulembá foi projetada para acompanhar o crescimento de Vitória por 35 anos.

Totalmente automatizada, a ETE de Mulembá é operada pela Odebrecht Engenharia Ambiental (OEA), por meio do processo biológico de tratamento do esgoto doméstico. A tecnologia empregada, além de mais eficiente e barata, é inodora e está despoluindo o manguezal e as praias do Estado. A OEA também é responsável pela manutenção das redes de esgoto da Região Metropolitana da Grande Vitória.

Infraestrutura do local: : auditório, banheiro, salas de trabalho dos funcionários, ante sala com maquete do local, estações de tratamento I e II.

No início da visitação, os alunos são recepcionados pelos técnicos da ETE de Mulembá no auditório, no qual é realizada uma apresentação explicando o funcionamento da ETE, o Sistema de Esgotamento Sanitário com as Estações Elevatórias e as Redes Coletoras de Esgoto. Também é abordada a importância do tratamento do esgoto e a funcionalidade da caixa de gordura das residências nesse processo; as principais doenças causadas pela falta de saneamento e as tecnologias utilizadas pela Cesan para tratamento de esgoto. O nível de aprofundamento das abordagens, bem como o destaque a algumas questões, pode variar, dependendo da solicitação do professor responsável. É importante destacar que a ETE realiza visitas mediadas para alunos de cursos técnicos, turmas de Educação para Jovens e Adultos
(nível médio), terceiro ano (nível médio regular) e cursos superiores.

Maquete da ETE Mulembá
No corredor de entrada para o auditório, está exposta uma maquete da ETE de Mulembá na qual os alunos podem ter uma visão geral de toda a área da estação, bem como das etapas do tratamento do esgoto.



Auditório No auditório, os professores e alunos podem interagir com os técnicos durante a apresentação, fazendo perguntas e colocações sobre o assunto.

Após a apresentação, os alunos são direcionados aos tanques de esgoto para acompanhar as fases de tratamento até que a água saia limpa para o ambiente.

Estação de Tratamento de Esgoto
O esgoto bruto chega à ETE de Mulembá por meio do bombeamento feito pelas estações elevatórias. Nessas estações, é feita uma remoção inicial dos sólidos grosseiros por meio de grades. O esgoto que chega à ETE de Mulembá segue para a etapa de tratamento preliminar, onde tem início a visita guiada.

Tratamento Preliminar ou Primário
Nessa etapa, ocorre a remoção de sólidos grosseiros e em suspensão, tipo areia, papéis, plásticos, cabelos e outros resíduos que seguem pelas tubulações devido ao uso incorreto do vaso sanitário e redes coletoras de esgoto. Para separar esse material, o tratamento preliminar é constituído de tanques de gradeamento e desarenadores. Primeiro, o esgoto passa pelo gradeamento, quando é realizada a remoção dos materiais sólidos, por meio de quatro grades: duas grossas e manuais e duas fi nas mecanizadas. Após o gradeamento, o esgoto passa pelas caixas de areia aeradas, nas quais é removida a areia.



Tratamento Biológico ou Secundário
Em seguida, os alunos são direcionados para observar a fase de tratamento secundário. Esse é um processo biológico, do tipo lodo ativado, ou do tipo filtro biológico, no qual a matéria orgânica (poluente) é consumida por microrganismos (MO) aeróbios nos reatores biológicos contínuos. A ETE de Mulembá possui cinco tanques, sendo dois fixos, que só fazem aeração; dois que alteram entre decantar e aerar e um que não faz aeração (tanque anóxico). O esgoto que sai da aeração contém grande quantidade de microrganismos, que são, em grande parte, removidos por sedimentação nos decantadores. A eficiência de um tratamento secundário pode chegar a 95%.



Tratamento Terciário
Por fim, é observada a última fase do tratamento, o terciário. Antes do lançamento fi nal no corpo receptor, é necessário realizar a desinfecção da água residual tratada para a remoção dos organismos patogênicos ou, em casos especiais, a remoção de determinados nutrientes, como o nitrogênio, que podem causar a proliferação de algas nos corpos receptores em que serão despejadas. Na ETE de Mulembá a remoção é feita por radiação ultravioleta, que age sobre o núcleo das células dos MO’s.



Tratamento do lodo
O lodo é resultado do processo de decomposição da matéria orgânica presente no esgoto. O tratamento é realizado pelos MO’s (principalmente bactérias) nos tanques de digestão. Nesses tanques, é feita a estabilização aeróbia do lodo mediante o processo de autodigestão, visando reduzir a concentração de matéria orgânica, organismos vivos e volume. A estabilização é fundamental para evitar a formação de odores e a proliferação de vetores. Depois de digerido, o lodo é enviado ao adensador, por meio de bombas, com o objetivo de aumentar a concentração de matéria sólida. Na entrada de cada um dos adensadores existe um tanque de fl oculação, onde é adicionada uma solução de polímero para facilitar o processo de coagulação do lodo. Depois de adensado, o lodo segue para as centrífugas, para a separação da parte líquida da parte sólida. A parte sólida segue para a caçamba de lodo, podendo ser reutilizado.



O lodo tem sido muito utilizado na agricultura, por ser orgânico e rico em nutrientes, trazendo diversos benefícios, como o aumento da fertilidade e do teor de matéria orgânica no solo, contribuindo, assim, para o aumento da produtividade.


Propomos, como sugestão, uma SD que tem como temática: “E depois do ralo, para onde vai a água?” As etapas, o número de aulas e as atividades a serem desenvolvidas estão no quadro abaixo:



Na primeira aula da SD, a fim de problematizar, sugerimos que o professor separe os alunos em grupos, de cerca de cinco componentes, e entregue a cada um, algumas informações sobre o esgoto. Entre essas informações, fotos de esgoto a céu aberto, reportagens sobre contaminação da água pelo esgoto; surto de doenças causadas em determinada população em virtude da água contaminada pelo esgoto; outras capazes de provocar reflexões sociais, ambientais e econômicas nos alunos. Depois de analisarem as informações e refletirem em grupo, os alunos poderão apresentar as reflexões para todos os colegas da sala.

Como sugestão de informações, podemos citar algumas reportagens, disponíveis na Internet.

• O professor pode imprimir e levar para os alunos.

• Mais da metade da população não tem rede de tratamento de esgoto Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/10/mais-da-metade-dapopulacao-nao-tem- ede-de-tratamento-de-esgoto.html

•A perigosa poluição das águas Disponível em: http://www2.uol.com.br/sciam/reportagens/a_perigosa_poluicao_das_aguas.html

• Brasileiros ainda adoecem por falta de saneamento básico Disponível em: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRlVONlYHpkeTxGahN2aKVVVB1TP

• Água poluída mata mais que violência no mundo, diz ONU Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1539558-5603,00-AGUA+POLUIDA+MATA+MAIS+QUE+VIOLENCIA+NO+MUNDO+DIZ+ONU.html

• Moradores de Teresina convivem com esgoto a céu aberto Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2012/05/moradores-de-teresinaconvivem-com-agua-de-esgoto-ceu-aberto.html

• Fiscais flagram esgoto a céu aberto dentro de um quarto de trabalhador rural no ES Disponível em: http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2014/06/fiscais-flagram- esgotoaberto-dentro-de-quarto-de-trabalhador-rural-no-es.html

• Água contaminada pode ser responsável por epidemia de hepatite B em Boa Esperança. Disponível em: http://www.uniara.com.br/ageuniara/artigos.asp?Artigo=2044


Como material complementar de estudo, o professor pode utilizar a apostila de Tratamento de Esgoto produzida pela Cesan. Essa apostila foi revisada em 2013 e trata do sistema de esgotamento sanitário, redes coletoras, poço de vista, importância do tratamento, tecnologias utilizadas para o tratamento, etapas do processo, desinfecção do efluente, lodo, tratamento de emissões de compostos orgânicos voláteis e odores e utilização eficiente de um sistema de esgotamento sanitário. Encontra-se disponível em: http://www.cesan.com.br/wp-content/
uploads/2013/08/APOSTILA_TRATAMENTO_ESGOTO.pdf


Nas duas aulas seguintes, o professor pode abordar o tratamento de esgoto (etapa de tratamento: tratamento preliminar, secundário e terciário; e tipos de tratamento: lagoa de estabilização, reator anaeróbio de manta ativada (UASB), lodo ativado etc), por meio de aula expositiva dialogada. Além disso, pode abordar questões sociais, ambientais, econômicas e de saúde relacionadas ao esgoto, retomando as informações trabalhadas na aula anterior.

Após conhecer sobre o tratamento de esgoto e suas relações, sugerimos que o professor reserve duas aulas para os alunos conhecerem os microrganismos (MO) que contribuem para a degradação do esgoto e as doenças que este podem causar. Para tanto, as características de bactérias e fungos, bem como as doenças causadas por esses MO quando em contato com a água, podem ser abordadas por meio de aulas expositivas dialogadas. Nessa aula, o professor também pode retomar as informações trabalhadas na primeira aula.

A fim de que os alunos conheçam o processo de fermentação, o professor pode dar uma aula expositiva sobre o assunto, com realização de atividade prática ao final. No caso da escola ter um laboratório disponível, o professor pode levar os alunos a esse local para fazer o experimento. Caso contrário, pode ser feito dentro da sala de aula mesmo. Os alunos podem ser divididos em grupo, de cerca de cinco componentes, para realizar o experimento. Se a escola não puder adquirir os materiais necessários para a atividade prática, o professor pode solicitar aos alunos que tragam de casa.



Para que os alunos conheçam uma ETE, sugerimos a visita mediada à de Mulembá. No local, poderão conhecer as etapas e os tipos de tratamento feitos naquela estação, e em outras estações da empresa; verificar os produtos da fermentação nos tanques de tratamento; verificar a película de óleo formada sobre o efluente; e conhecer a importância e a necessidade do tratamento do esgoto para o ambiente e para a saúde da população.

Como os alunos irão verificar a película de óleo formada sobre o efluente durante a visita, sugerimos que o professor dedique as duas aulas seguintes para trabalhar a composição e a nomenclatura dos principais óleos utilizados para o preparo dos alimentos; conceitos de polaridade e miscibilidade; impactos do óleo no ambiente; além do descarte e reutilização do óleo residual de cozinha. Para tanto, pode utilizar aula expositiva dialogada, com auxílio de recursos audiovisuais. Nessa aula, o professor pode enfatizar a necessidade de dar destino correto ao óleo e, com isso, sugerir que os alunos ensinem aos familiares a coletar o óleo residual de cozinha em garrafas pets e doar em postos coletores.

A fim de ilustrar uma forma de reutilização do óleo residual de cozinha, o professor pode fazer uma aula prática de produção de sabão. Por questão de segurança, sugerimos que essa prática seja feita pelo professor e observada pelos alunos. Ao longo dessa aula, o professor pode abordar a reação de saponificação e relembrar sobre ácidos e bases, polaridade, miscibilidade e formação de micelas.



Como aplicação do conhecimento, sugerimos que, na última aula, sejam exibidos os documentários produzidos pelos alunos acerca de algumas temáticas relacionadas ao esgoto. Ao final da exibição dos filmes, pode ser feita uma discussão sobre as questões trabalhadas.

Os alunos devem ser orientados desde o início da SD a se dividirem em grupos, de cerca de cinco componentes, para pesquisarem e então produzirem um documentário, de, no máximo cinco minutos, sobre o tema sorteado pelo professor.




3.3 Rede Gazeta

ENDEREÇO:
R. Chafi c Murad, 902 – Ilha de Monte Belo, Vitória – Espírito Santo, 29053-315.
CAPACIDADE:
Grupos de até 30 alunos.
Idade mínima: 12 anos
Escola: os alunos devem estar acompanhados de dois profissionais da instituição.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO:
Segundas e quartas-feiras, às 14h. A visita tem duração de 1h a 1h30min.
MAIS INFORMAÇÕES:
(27) 3321-8454 ou (27) 3321-8179
comunicacao@redegazeta.com.br

Foto: Maria Luiza de Lima Marques

O grupo de comunicação Rede Gazeta, localizado na Ilha de Monte Belo, na Cidade de Vitória, possui área construída com mais de 15 mil metros quadrados. É considerado o maior grupo de comunicação do Estado do Espírito Santo e está presente nos 78 Municípios capixabas.

Para atuar em todo o Espírito Santo, a empresa conta também com regionais no Município de Cachoeiro de Itapemirim, Sul do Estado; Município de Colatina, na Região Noroeste; e Município de Linhares, no Norte.

A Rede Gazeta foi fundada em 1928, com a criação do jornal A Gazeta, que entrou em circulação no dia 11 de setembro desse mesmo ano. Sua antiga sede funcionava na Rua General Osório, no Centro da Cidade de Vitória.

Em 1969, tem início a impressão do jornal pelo sistema off-set e a instalação do fotolito. Dez anos depois, em 1976, entra no ar a TV Gazeta, a 18ª afiliada da Rede Globo. A Rádio Gazeta FM é inaugurada três anos depois.

Com o passar dos anos e a ampliação de atuação, a Rede Gazeta muda, em 1983, para a atual sede e é inaugurada a Rádio Gazeta AM. Em 1992, A Gazeta passou a ter suas edições diárias impressas em cores. Em maio de 1996, é lançado o portal Gazeta Online e entra no ar a Rádio CBN.

Em 1999, a Rede Gazeta inaugura o seu novo parque gráfico, com a impressora Newsliner, usada nos principais jornais de todo o mundo. Em 2000 a Rede Gazeta lança o tabloide “Notícia Agora”, que, em 2010, completa uma década e fecha o ano com recorde de circulação.

Hoje, a Rede Gazeta possui 21 negócios de mídia, além de produtos de comunicação em diversas plataformas: dois jornais impressos diários, portal de anúncios online, dois portais de notícias, acervo de fotos jornalísticas, nove rádios, quatro emissoras de TV aberta afiliadas à Rede Globo, empresa de marketing promocional e empresa de soluções para grupos de mídia.

A Rede é responsável pela produção, edição e transmissão de conteúdo jornalístico e de entretenimento em mídias eletrônicas e impressas, fazendo uso de terceirização apenas para serviços de suporte administrativo, como limpeza, segurança e informática.

A Rede Gazeta oferece o programa de visitas “Portas Abertas” para que a população possa conhecer história, instalações e funcionamento de seus veículos.

Na visita técnica, é possível conhecer estúdios das rádios Gazeta AM e Litoral FM; Redação da TV Gazeta; Redação Integrada Multimídia, englobando os jornais A Gazeta e NA!, Gazeta Online e Rádio CBN Vitória; além do Parque Gráfi co, local onde são impressos os jornais.



Na Redação Integrada Multimídia é feita uma abordagem pelo mediador explicando como as notícias são produzidas, selecionadas e direcionadas a cada veículo de comunicação (impresso, online e rádio) visando atender ao público específi co de cada um deles.



Nos estúdios de rádio, os locutores dialogam interagindo com os visitantes. A visita nos estúdios de rádio, como no de TV, é rápida em função da dinâmica de trabalho realizada pelos locutores e apresentadores.

O professor poderá abordar as tecnologias de comunicação, explicando brevemente o funcionamento dos mecanismos de transmissão de informação que os alunos estão presenciando na visita.

EQUIPAMENTOS ANTIGOS
No decorrer da visita técnica, os alunos irão encontrar com dois equipamentos antigos: uma das primeiras máquinas de impressão do jornal, exposta no hall de entrada, e uma câmeras de TV, exposta no segundo piso.



O professor poderá fazer uma abordagem histórica referente ao avanço da ciência e da tecnologia e sua relação com a sociedade, a partir da comparação desses equipamentos com os que estão vendo em funcionamento na visita.



O Parque Gráficofica situado em um prédio anexo, logo atrás do edifício principal, e faz parte do roteiro de visita. Neste local, os alunos têm a oportunidade de conhecer os equipamentos de impressão.

Os jornais são impressos à noite, após fechamento da edição. Por questões de segurança, não é permitida a visita no momento da impressão.


Propomos, como sugestão, uma SD que tem como temática: “Quem não se comunica, se trumbica”. As etapas, o número de aulas e as atividades a serem desenvolvidas estão no quadro abaixo:



Nas duas primeiras aulas da SD, a fim de problematizar, sugerimos ao professor que, em roda de conversa, faça a brincadeira “telefone sem fio”. Em seguida, distribuir para os alunos a letra da música ‘‘Notícias do Brasil’’, de Milton Nascimento, com uma das cinco questões relacionadas abaixo, para que acompanhem a letra enquanto escutam a música e depois respondam à pergunta no caderno.

Promova um debate envolvendo, a princípio, os alunos que estiverem com à mesma pergunta, abrindo em seguida espaço para os demais participarem.


Uma notícia está chegando lá do Maranhão.
Não deu no rádio, no jornal ou na televisão.
Veio no vento que soprava lá no litoral
de Fortaleza, de Recife e de Natal.
A boa nova foi ouvida em Belém, Manaus,
João Pessoa, Teresina e Aracaju
e lá do norte foi descendo pro Brasil Central
Chegou em Minas, já bateu bem lá no sul!
Aqui vive um povo que merece mais respeito!
Sabe, belo é o povo como é belo todo amor.
Aqui vive um povo que é mar e que é rio,
E seu destino é um dia se juntar.
O canto mais belo será sempre mais sincero.
Sabe, tudo quanto é belo será sempre de
espantar.
Aqui vive um povo que cultiva a qualidade,
ser mais sábio que quem o quer governar!
A novidade é que o Brasil não é só litoral!
É muito mais, é muito mais que qualquer zona
sul.
Tem gente boa espalhada por esse Brasil,
que vai fazer desse lugar um bom país!
Uma notícia está chegando lá do interior.
Não deu no rádio, no jornal ou na televisão.
Ficar de frente para o mar, de costas pro Brasil,
não vai fazer desse lugar um bom país!
(Repete última Estrofe)



Na discussão indicamos relacionar a brincadeira “telefone sem fio” com a possibilidade de distorção de notícias. Elencamos alguns pontos que o professor poderá observar se estão sendo contemplados no debate: Importância e abrangência dos meios de comunicação; ética; imparcialidade; compromisso, criticidade, ano de eleição; propaganda enganosa.

Para fechar a discussão, pode-se montar um mapa conceitual coletivamente no quadro, a partir da expressão “meios de comunicação”.

Para a atividade das próximas aulas, solicite aos alunos que pesquisem junto aos seus familiares e vizinhos tipos de jornais impressos e, caso tenham acesso a algum, trazer para a sala de aula.

Nesse momento, o professor poderá propor para os alunos a construção de um jornal online da turma utilizando o site www.wikijornal.com.br ou outro que o professor preferir. Esse é um site que permite fazer jornais online de forma colaborativa e gratuita.

Caso o professor opte por utilizar esse site, sugerimos fazer a inscrição de criação da página do jornal com antecedência, pois leva em média até dois dias para retorno da senha de acesso ao jornal.

Para as duas próximas aulas, com o objetivo de abordar as características do texto jornalístico, o professor poderá trabalhar com os jornais que os alunos levaram para a escola. Pergunte quem trouxe e quais são. Evidencie que existem diversos tipos de jornais (online, impresso, televisivo) e propor uma atividade em grupo, na qual cada grupo analisará um jornal a partir do instrumento sugerido abaixo, abordando as características do texto jornalístico, e lembrando os demais estilos textuais que já foram trabalhados em aulas anteriores.

Sugestão de instrumento de análise dos jornais:

Em seguida, fazer um painel com apresentação e discussão dos grupos.

Após trabalhar as características do texto jornalístico, sugerimos uma aula para análise de notícia. O professor, de posse de três jornais diferentes, mas da mesma data, selecionará uma notícia comum aos três e fará junto com os alunos uma discussão de como a mesma notícia pode ser circulada de maneiras diferentes.

Para que os alunos conheçam como o jornal é produzido, sugerimos uma visita técnica à Rede Gazeta de Comunicação. Na visita, os alunos poderão conhecer os estúdios das rádios Gazeta AM e Litoral FM; a Redação da TV Gazeta; a Redação Integrada Multimídia, onde funcionam os jornais A Gazeta e NA!, o Gazeta Online e a Rádio CBN Vitória; além do Parque Gráfico, local onde são impressos os jornais. Poderão ainda conversar com locutores e demais funcionários como jornalistas e editores.

Na aula seguinte, visando à construção do jornal, dividir a turma em equipes, sendo um grupo para cada seção do jornal. Escolher junto com os alunos o nome do jornal e orientá-los para a elaboração das notícias a partir das seções abaixo. Incentive os alunos a se organizarem nos grupos em horários extraclasses para levantamento e produção das notícias.



No Laboratório de Informática, orientar os alunos a fazerem suas inscrições no jornal online e explorar a página do jornal e suas ferramentas. Essa inscrição é automática, diferentemente da inscrição de criação da página do jornal.

Sugerimos reservar uma aula para iniciar a sistematização das notícias em sala, com a orientação do professor. Os alunos podem continuar em casa ou na escola no contra-turno. Nesse último caso, reservar o Laboratório de Informática para os alunos que desejarem.

Nas próximas duas aulas, no laboratório de informática, finalizar a produção do jornal, com a publicação das notícias e com as correções que se fizerem necessárias.

Com o objetivo de interação escola/comunidade, sugerimos fazer o lançamento do jornal para toda a comunidade escolar. Esse momento pode ser feito no pátio, na quadra ou no auditório, de acordo com a realidade da escola. A equipe de Editorial (alunos e professores) pode apresentar as fotos tiradas durante o desenvolvimento das atividades, explicando como aconteceu e apresentar o jornal. Sugerimos ainda reservar o Laboratório de Informática nesse dia para a comunidade.




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